Cintia Ribas – Carnavales

Palavras de Cintia:

Procuro qualquer fenda de luz. Não sei exatamente por que, mas por onde passo carrego algumas imagens comigo.

Investigo e observo disparadamente o comportamento da luz e do movimento pelos “mapas” da fotografia tendo à vista a ideia de que aquilo que vemos é também aquilo que nos olha.

Pozzo abre-alas

Abrimos o Carnaval de Curitiba 2011 do blog com este ensaio do fotógrafo Ricardo Pozzo, que colabora pelo terceiro ano consecutivo com o projeto. Ele ressalta que fez suas fotos com uma câmera Canon EOS Rebel 2000, com filme Kodak, Asa 200 e 400.

 

Iraisi Gehring – O que há de oculto na face gloriosa?

Iraisi Gehring é designer. Entre seus trabalhos acessáveis através de seu site pessoal – www.iraisi.com – destaca-se o fortalecimento da identidade das revistas da View Editores – entre elas a TopView Curitiba -, uma função que desempenha desde 2003. Iraisi formou-se em Design Gráfico pela PUCPR, fez-pós graduação em Fotografia pela FIC, onde realizou estudo sobre o Carnaval de rua em Curitiba. Em 1999 morou em Harare, no Zimbábue, onde fez uma extensão em Belas Artes. Recentemente, voltou aos bancos escolares para dedicar-se a uma segunda formação, Arquitetura e Urbanismo, que a levou, em 2009, a passar seis meses como intercambista na Erasmus Mundus, na Facoltà di Architettura del Politecnico di Torino. Durante a estadia italiana Iraisi realizou ensaio sobre o Carnaval de máscaras de Veneza – também disponível neste blog. 

Ainda outros carnavais de Alberto Melo Viana

Coroação da Bem Bolada – 1984

Marinho Galera julgando “Bateria” – Anos 1980

Multidão na avenida à espera do baile público – Anos 1980

Pablito Pereira – Anos 1980

Passistas e ritmistas – Anos 1980

Rafael Urban – Segunda Pausa

Rafael Urban é jornalista e colaborador das revistas Juliette e piauí. Seu novo curta, o documentário “Ovos de dinossauro na sala de estar”, realizado com apoio do Fundo Municipal de Cultura de Curitiba, está em pré-produção. Tuíta no http://twitter.com/rafaelurban

Gilson Camargo – Rancho das Flores

“Todo mundo sabe que eu sou meio turrão. Quando empaco, não vou pra frente de jeito nenhum. Nem que leve um pontapé na bunda. Mas, sábado fui conferir o carnaval no Centro Cívico. Cheguei lá e a turma já estava no embalo, aguardando o horário do desfile do Rancho das Flores. Eu não ia desfilar nem com reza, mas o Rodrigão e o Ferreira, meus amigos há mais de 30 anos, me convenceram. E lá fui eu cheio de razão e vazando cerveja. E sabem de uma coisa? Foi muito legal, aliás, foi divinamente genial desfilar com aquela turma de foliões que hoje estão na melhor idade. No próximo ano estarei lá com toda a certeza. Obrigado, Rodrigão e Ferreira. Aquele abraço.”
Thadeu Wojciechowski, o Polaco da Barreirinha.

Antonio Thadeu Wojciechowski e Rodrigo Barros Del Rey, puxadores do Rancho na avenida.

A participação do Rancho das Flores nos desfiles de rua é uma tradição no Carnaval de Curitiba. O bloco formado por foliões com idade entre 65 e 90 anos é coordenado pela Fundação de Ação Social (FAS) e Fundação Cultural de Curitiba e reúne, em média, 500 participantes dos programas da prefeitura municipal para a terceira idade. A primeira apresentação aconteceu no Carnaval de 1990, com o tema Primavera. Desde então o Rancho das Flores inova a cada ano com um novo enredo.

CLIQUE E OUÇA – Rancho das Flores. Água, vida e fantasia – 2010
voz: Rodrigo Barros Del Rey
Composição: Thadeu Wojciechowski e Luiz Ferreira.

Água, vida e fantasia

Quem sai na chuva é pra se molhar
Carnaval é pra pular, viver, brincar

Água em pedra rebenta e não demora
Se for pra ser feliz que seja agora

É lindo este povão
Sorrindo na avenida
Chegamos pra mudar a sua vida

Sai pra lá, mau humor
Vem pra cá, alegria
Rancho das Flores
Água, vida e fantasia.

Marcinha Souza, rainha do Carnaval de Curitiba em 2010.
Nego Lírou, de chupeta no pescoço, comandou o batuque do bloco…
… que teve como madrinha da bateria a artista plástica Margit Leisner…
… o  contrabaixista Glauco Solter
… Barbara Kirchner, curitibaneando.wordpress.com
… e foliões de todas as idades.
Casal assiste aos desfiles no Centro Civico, sentado na escultura “Luar do Sertão”, de João Turin /1946, em frente a prefeitura municipal…

… do outro lado da rua, guardas municipais e familiares faziam vigilia pedindo melhores salários e condições de trabalho adequadas.

Fim.
Gilson Camargo é fotógrafo. Este ensaio foi publicado originalmente em seu blog, Olhar Comum.

Josiane Orvatich – Quatro imagens

Josiane Orvatich é a editora da revista de cinema Juliette. É mestre em Filosofia e doutoranda em Estudos Literários pela UFPR com a tese comparativa entre a novela “História do Olho”, de Georges Bataille, e o filme “Os pássaros”, de Alfred Hitchcock. Dirigiu, produziu e roteirizou os curtas Ermos argênteos (2008), O chá (2008), Os primeiros desertores (2009) e Salomé (2009). Coordenou o cineclube Díinamo – Núcleo de Cinema (2008-2009).

Zaclis Veiga – Retratos

Outros carnavais de Alberto Melo Viana

Aramis Millarch, Afunfa e Adélia Lopes - Carnaval na Marechal Deodoro - Anos 80

Aramis Millarch, Afunfa e Adélia Lopes – Carnaval na Marechal Deodoro – Anos 80

Rei Momo Bola – Anos 80

Bloco do bife sujo – Anos 80

1983 – Cila Schulman

Rafael Greca, Margarita Sansone e Rodolfo Doubek – Anos 80

Nicole Lima – quando o sol se for

Este ano resolvi voltar no tempo e relembrar a experiência de 2007, quando saí sozinha com 2 rolos de filme (médio formato, 12 poses) e minha Holga na mão.  Para quem nunca ouviu falar, a Holga é uma câmera feita de plástico, barata e com pinta de descartável.  Apesar dos criadores de filtros para photoshop já terem desenvolvido variadas formas de simular os (D)efeitos dessa câmera, os motivos que me levam a gostar dela estão longe de suas sombras e bordas distorcidas. O que me atrai é a simplicidade: uma câmera que quase não me permite qualquer ajuste e com inúmeras limitações, inversamente me deixa com uma liberdade enorme, seja para simplesmente olhar e passear despreocupada entre as pessoas que mal acreditam ser aquela uma “câmera de verdade”, ou pelo prazer de rodar o filme com a mão (crec crec crec) até a próxima pose, sem pensar no que estou perdendo, apenas colecionando encontros, como preciosidades a cada clic.

Murilo Wesolowicz – Branco, laranja e preto

Murilo Wesolowicz é o editor de arte da revista de cinema Juliette. Diretor e roteirista dos curtas-metragens Sabará (2008), Repetição (2008) e Caleidoscópio (2009). Curador da Mostra Juliette de Cinema, cuja primeira edição aconteceu em 2009. Pesquisa o cinema de Ken Loach.

Ricardo Pozzo – Luz, escuridão

Ricardo Pozzo é poeta e fotógrafo. A sequência de imagens foi registrada com uma Nikon FM10, com filme P&B Ilford C-41 ASA 400.

Mais trabalhos dele aqui e aqui.

Thiago Guimarães – Nós, que somos jovens

Thiago Guimarães é jornalista.

Bruno Zago – Aqui, ali, acolá

Bruno Zago é estudante de direito em Alagoinhas (Bahia).

João Urban

Linda contribuição de um dos maiores fotógrafos da nossa terra.  Essa, segundo o João, é do final dos anos 60.